3 de julho de 2025

Nas dobras escuras da cidade, onde o asfalto bebe as lágrimas dos esquecidos e os néons piscam como estrelas moribundas, nasceu uma menina que o destino batizaria de dor antes mesmo que ela soubesse pronunciar seu próprio nome. Chamavam-na Esperança, ironia cruel que o universo tecia com fios de amargura, pois sua vida seria tudo,…

20 de junho de 2025

As torres de vidro espelhado de São Paulo refletiam o sol dourado da tarde, criando um caleidoscópio de luz que dançava pelas janelas do último andar do edifício empresarial. Gabriel Henrique Montanari observava a cidade lá embaixo através da parede de vidro de seu escritório, um reino que parecia estar aos seus pés como um…

16 de junho de 2025

Helena carregava nos olhos um castanho profundo que refletia a sabedoria precoce de quem cresceu cedo demais. Seus dezesseis anos eram comemorados pelas mãos ásperas de sua mãe, que lavava roupas alheias para que a filha pudesse sonhar com um futuro diferente. A casa pequena na periferia de São Paulo guardava apenas o essencial: livros…

13 de junho de 2025

No ventre escuro de uma favela, onde a esperança nascia morta a cada amanhecer, Luna chegou ao mundo como uma declaração de guerra contra o destino. Suas pernas eram esqueletos tortos, seus braços tremiam como folhas na tempestade e os médicos sussurravam palavras sombrias nos corredores gelados do hospital público. “Ela não vai passar dos…

9 de junho de 2025

A praça de São Vicente do Cerrado despertava sob o sol matinal, como uma aquarela que se desenha devagar no papel. Clara arrumou suas telas contra o tronco rugoso do ipê-amarelo, cada quadro uma janela para mundos que só ela conseguia enxergar. Suas mãos, manchadas de tinta azul-cobalto, tremulavam ligeiramente – não de frio, mas…

6 de junho de 2025

No sertão de Pernambuco, onde o sol nasce com sede e o vento carrega promessas que nunca chegam, nasceu um menino com o nome de José dos Anjos. Mas os anjos, naquelas terras áridas, tinham o costume de se disfarçar de diabos. E o pequeno José já trazia nos olhos aquele brilho de quem conhece…

2 de junho de 2025

Marina carregava o nome do mar, mas vivia afogada em terra seca. Aos trinta e cinco anos, contadora de números que não somavam sentido, habitava um apartamento onde o silêncio pesava mais que os móveis. Era mulher de rotinas medidas, café sempre morno, passos sempre contabilizados. Até que, um dia, as vozes começaram a questioná-la….

30 de maio de 2025

O vento carregava consigo o cheiro de terra molhada quando Clara desceu do ônibus em Lençóis. As pedras do calçamento colonial pareciam sussurrar histórias antigas sob seus pés cansados. Havia algo no ar daquela vila encravada no coração da Chapada Diamantina que prometia mais do que o silêncio que ela buscava — prometia renascimento. Clara…

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